Alquimia chinesa

Assim como na Europa e no Mundo Árabe a alquimia foi praticada, no oriente também foi. A alquimia chinesa se assemelha com a ocidental (a praticada pelos europeus e árabes), explorando também a propriedades das substâncias, só que com outros interesses. O objetivo central da alquimia no ocidente foi à busca da Pedra Filosofal, conceito não existente na alquimia chinesa, que procurava produzir apenas o Elixir da Longa Vida.

Suas bases possuem influência taoista, cultuando a prática do cuidado da saúde do corpo e do espírito, procurando tanto por meios externos como internos a busca do Elixir da Imortalidade. A busca pelo elixir podia ser por via interna ou externa, sendo a maior diferença em seus próprios nomes; apesar das duas terem exigido trabalho químico dos alquimistas chineses, o meio externo usada substâncias encontradas em substâncias médicas e na alimentação rígida e controlada dos alquimistas da China, já a via interna trabalhava com as substâncias já presentes no corpo do praticante. Os cuidados do corpo também ajudam na diferenciação, sendo o meio externo recorrendo práticas como massagem e relaxamento do corpo, já o meio interno prática de por exemplo a meditação e o bem estar da essência.

A busca externa era chamada de waidanshu (外丹術, "Alquimia externa"), qual consistia em preparar elixires por meio de preparação com elementos químicos como cinábrio, chumbo e mercúrio por exemplo e manipulação de substância presente em ervas e outras fontes externas; práticas de por exemplo a acupuntura, moxabustão, massagem e práticas que trabalhem com o ki (energia vital).

Também havia a busca interna, o neidanshu (內丹術, "Alquimia interna"), que consistia na produção do elixir dentro do alquimista. Exercícios de meditação e o yoga era um meio comum para esta prática,  procurando deixar você com saúde etérea, visando também uma boa saúde corpórea.

Teve contribuição bastante significativa para a medicina tradicional chinesa, que mesmo sendo milenar continua sendo eficiente até a atualidade e estudada pela ciência, que por ela possui interesse.

No ocidente, a alquimia chinesa foi dedicadamente estudada pelo estudante de medicina chinesa Joseph Needham.

A alquimia chinesa declinou com a chegada no budismo na China, nos primeiros séculos de nossa era.

Hermes Trismegisto

Hermes Trismegisto (do latim Hermes Trismegistus, literalmente "Hermes, o três vezes grande") é considerado um pensador, astrólogo, místico e alquimista. Sua figura se encontra relacionada ao deus egípcio Tot e o grego Hermes, ambos deuses da magia e escrita em suas culturas. Apesar disso, sua figura se simpatiza mais com a do deus Tot, que também lhe é atribuída à sabedoria. Por muitos alquimistas era considerado o primeiro alquimista.

É uma personagem mítica, com uma vida e pessoa tão misteriosa que suas origens e época que viveu são um mistério. É muitas vezes também apontado como um homem que obteve apoteose, chegar ao status de um deus; ou que é filho de uma divindade.

O “três vezes grande” é um epíteto que remonta a sua obra Tábua de Esmeralda, qual ele revela as três partes da sabedoria universal.
Os alquimistas muçulmanos julgavam que Hermes era uma figura presente até mesmo no próprio Alcorão. Na atribuição islâmica também há a identificação muitas vezes de Hermes Trismegisto, Enoque e Idris como o mesmo homem.

Muitos autores cristãos como Agostinho, Giordano Bruno e Marsílio Ficino consideram Hermes como um sábio pagão, revelador de uma prisca theologia, uma espécie de revelação única para toda a humanidade que inspirou as religiões, atribuído a Deus ao homem na Antiguidade; tendo feito isto antes da época de Jesus Cristo. Seria o primeiro filósofo e pensador, antecendendo ilustres como Platão e Zoroastro, por exemplo. É datado por ter vivido numa época bem remota do Antigo Egito, muito antes do tempo de Moisés, acreditando ele ter sido contemporâneo de Abraão, mesmo que algumas fontes o apresentem como contemporâneo de Moisés.

Sua filosofia se encontra no hermetismo, corrente de pensamento que se fundamenta nos seus princípios. Resume-se numa maneira sincrética de estudar a evolução da consciência humana e a ligação dela com a divina. Os princípios herméticos são então sete, respectivamente:
• Lei do Mentalismo: "O Todo é Mente; o Universo é mental."
• Lei da Correspondência: "o que está fora é o reflexo do que está dentro".
• Lei da Vibração: "Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".
• Lei da Polaridade: "Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados"
• Lei do Ritmo: "Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".
• Lei do Gênero: "O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero manifesta-se em todos os planos da criação".
• Lei de Causa e Efeito: "Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".

Jung e a Alquimia

O psiquiatra suíço Carl Jung viu no simbolismo alquímico mais do que metáforas relevantes à transmutação física da matéria e espiritual do ser, captando uma espécie de dialeto de nossa psique para com agente.

O estudo da alquimia forneceu muitas bases para a representação simbólica para a psicologia. Relata na sua obra Psicologia e Alquimia que os alquimistas tiravam suas figurações simbólicas dos processos alquímicos de momentos de transe, qual usavam isto para orientar o desenvolvimento simbólico. Foi observado por Jung distinções do arquétipo no inconsciente coletivo dos alquimistas, relacionando o simbolismo alquímico com as manifestações do subconsciente humano.

Alquimia

A alquimia tem fundamentos e influências remotas, desde a Antiguidade até alquimistas modernos como Nicolas Flamel e Paracelso; e também desenvolvida em diversas partes, desde a Grécia, China, Egito, Arábia e Europa Medieval.

É uma tradição que combina muitos elementos; como a química, medicina, metalurgia, filosofia, astrologia e ocultismo. Trabalhavam basicamente com a transmutação, a transformação da matéria, especialmente nas tentativas de transformas metais inferiores em ouro. Não por ganância, mais os alquimistas acreditavam que a natureza é perfeita, e o ouro é o mais perfeito dos metais; logo, eles pretendiam contribuir para que a natureza fosse perfeita.

Possui um complexo simbolismo. Está cheia de símbolos representativos para astros, processos e elementos químicos, animais reais ou mitológicos e alegorias. O motivo disso pode ser tanto uma forma dos alquimistas divulgarem seu trabalho sem correr o risco da ameaça da Inquisição ou os simbolismos seriam propositais, uma linguagem em seus textos para que somente outros alquimistas pudessem entender.

Pretendiam com a alquimia buscar a Pedra Filosofal e o Elixir da Longa Vida. A Pedra Filosofal é o objeto central da alquimia, qual tem poder de transmutar qualquer metal em ouro e elaborar o Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal que cura qualquer doença e prolongaria a vida por tempo indeterminado. A criação da vida artificial também foi algo que muitos alquimistas procuraram fazer, como o homunculus.

Entretanto, a meta central era o aprimoramento espiritual, o desenvolvimento filosófico do operador alquímico e a sabedoria.

Embora uma ciência oculta, pseudociência ou qualquer termo parecido, a alquimia teve contribuição significativa para a ciência.