Cabala

A calaba é uma prática de origem judáica que teve um pouco de influência para a alquimia e alguns alquimistas por meio de suas idéias e símbolos, tais como signos, analogias e a idéia de harmonia dos contrários qual baseavam suas operações.

É uma ciência oculta que investiga a natureza divina. Sua origem etimológica vem do hebráico קבלה, que significa "recepção". É um estudo aprofundado sobre a essência em espírito e corpórea de Deus, tanto também como a entender os mistérios sobre a ordem natural do universo e da alma humana. Os ensinamentos cabalísticos explicam os fundamentos do universo material e etéreo, do natural e metafísico no homem e a natureza.

Possui grande influência do judaísmo, como na interpretação da Tanach, a Bíblia Hebráica, e principalmente na Torá, que é equivalente ao pentateuco. Essa interpretação não seria literal, e sim apenas alegórica, procurando desmistificar os mistérios contidos através da leitura da bíblia hebraica e suas histórias.

Sua contribuição para alquimia, além de simbólica, também é filosófica; assim como o pensamento platônico e aristotélico por exemplo.

Alguns cabalistas notáveis foram Shimon bar Yohai, Isaac Luria, Nachmánides, Maharal de Praga e Sabbatai Zevi. Outras personagens históricas também, como o cientista Giordano Bruno e os alquimistas Paracelso e John Dee, além dos ocultistas Samael Aun Weor e Aleister Crowley.

Elixir da Longa Vida

Assim como a Pedra Filosofal, os alquimistas também ambicionavam buscar produzir outra substância. Esta seria o Elixir da Longa Vida ou Elixir da Imortalidade, um remédio capaz de curar todas as doenças e prolongar a vida.

Seria uma panacéia, que seria cura de todas as doenças e que prolongaria a vida de quem a ingerisse por tempo indeterminado, somente até um acidente matasse essa pessoa, sendo que não é um elixir de imortalidade. Poderia ser sintetizada a partir da Pedra Filosofal.

Vários alquimistas foram atribuídos ter conseguido produzir esse elixir, como Paracelso, Isaac Newton, Johann Conrad Dippel e Cagliostro. Dizem que Newton criou e bebeu essa poção, só que ao invés de prolongar sua vida, o trouxe a morte. Nicolas Flamel é dito ter fabricado o elixir com o sucesso da Pedra Filosofal.

No oriente ela possuiu mais importância para a alquimia, para a alquimia chinesa. Poderia ser tanto pelo waidanshu, que consistiria em preparar por meio de metalurgia e manipulação de elementos como cinábrio, enxofre, arsênico e mercúrio; muitas delas tóxicas. Também poderia ser procurada pelo neidanshu, que seria a procura desse elixir através de um modelo de circulação de energia dentro do próprio alquimista. Diferente da versão ocidental, no oriente, algumas atribuições do elixir eram de imortalidade, e não longevidade.

Vários imperadores da China Antiga morreram ingerindo o que seriam elixires de longevidade, feito por alquimistas. Alguns deles foram o imperador Qin Shi Huang Di e Jiajing.

Uma lenda diz que na Dinastia Qin, o imperador Huang Di procurava obter a imortalidade. Ao visitar a ilha Zhifu conheceu o alquimista Xu Fu, e o colocou como líder de uma expedição para sair à procura do Elixir da Longa Vida.

Segundo reza a lenda, Xu Fu comandou dezenas de naviou com milhares de homens e mulheres. Estas pessoas nunca retornaram, já que sabiam que se retornassem sem o elixir, seriam executados. Teriam então se instalado nas ilhas japonesas, e seria por isso o povo japonês possui alguns aspectos de sua língua similares ao chinês, além desses dois povos serem muito parecidos.

Citam também a Ilha dos Bem Aventurados, a morada dos imortais. Supostamente ervas dessas ilhas junto com certo preparo produziriam o elixir. Diziam também que quem tomasse o elixir ganharia vida eterna, fazendo o alquimista ir ao paraíso e viver entre os imortais.

O ouro era imortal, e quem fabricasse ouro a partir do cinábrio e mercúrio, fazendo o "ouro potável", seria imortal. Ge Hong disse o mesmo era possível se ingerir alimentos em pratos feitos desse ouro. No Baopozi ainda, Ge Hong dedica dois capítulos a fabricação de elixires.